Perda de carga é a perda de energia que um fluido sofre em razão de vários fatores, como o atrito causado pela resistência da parede interna do tubo ou do acessório, durante a passagem do fluído por ela. Esse fenômeno pode ser classificado em dois tipos:
· Perdas contínuas: causadas pelo movimento da água ao longo da tubulação, sendo uniforme em qualquer trecho.
· Perdas localizadas: causadas pelo movimento da água nas paredes internas e emendas das conexões e acessórios da instalação, sendo maiores quando localizadas nos pontos de mudança de direção do fluxo.
Estas perdas podem constituir-se em uma das razões pelas quais algumas empresas não conseguem atingir todo o seu potencial produtivo. Neste sentido, dimensionar as bombas de maneira correta é a chave para evitar as perdas de cargas e aumentar a eficiência geral do processo.
Mas, para que isso seja possível, é importante conhecer os principais fatores que influenciam nesta questão. Confira alguns deles a seguir:
1. Características do fluído a ser bombeado: a maioria das bombas são fabricadas, basicamente, para o bombeamento de água, cujo peso específico é de 1.000 kgf/m3. Se tratando desta aplicação, não há necessidade de agregar fatores ao cálculo de perdas de carga. No entanto, se a densidade e viscosidade do fluído for diferente da água, isso influenciará nesta questão.
2. Material empregado na fabricação dos tubos e conexões, bem como tempo de uso: comercialmente, os tubos e conexões mais utilizados são os de PVC e Ferro Galvanizado, cujas diferenças de fabricação e acabamento interno são bem caracterizadas – razão pela qual possuem coeficientes de perdas diferentes.
3. Diâmetro da tubulação: a área livre de escoamento é fundamental na escolha da canalização, já que, quanto maior a vazão a ser bombeada, maior deverá ser o diâmetro interno da tubulação a fim de diminuir as velocidades e, consequentemente, as perdas de carga.
4. Comprimento dos tubos e quantidade de conexões e acessórios: quanto maior o comprimento e o número de conexões, maior será a perda de carga proporcional do sistema. Em outras palavras, o uso excessivo de conexões e acessórios podem causar maiores perdas, especialmente em tubulações menos extensas.
5. Regime de escoamento: é a forma como o fluído irá se deslocar no interior da tubulação do sistema e que determinará a sua velocidade, em função do atrito gerado. Entre os regimes de escoamento mais apropriados para um sistema de bombeamento está o laminar, no qual os filetes líquidos são paralelos entre si. Este método acarreta menores perdas de carga por atrito em função do baixo número de interferências existentes na linha.
Como deu para notar, existem uma série de variáveis que devem ser consideradas a fim de evitar a perda de carga em um sistema de bombeamento. Para auxiliar neste processo, utilizam-se equações que permitem o planejamento e dimensionamento ideal de cada tubulação. Por isso, a recomendação mais valiosa é procurar sempre por um especialista.
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