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Participação no 7º fórum de Infraestrutura em saneamento

3 de Setembro de 2021

Com patrocínio da Itubombas, evento virtual promovido pela Sobratema contou com a participação de especialistas da Suez, ABES e GO Associados

No dia 19 de agosto, aconteceu mais uma edição do Fórum de Infraestrutura Grandes Construções, evento promovido anualmente pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), que conta com o patrocínio da Itubombas.

Com o tema “Os desafios da universalização do saneamento”, o encontro abordou, principalmente, o panorama atual do mercado e as principais tecnologias aplicadas ao segmento.  

A primeira apresentação do Fórum foi conduzida pelo Diretor Nacional da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), Álvaro José Menezes da Costa. Durante sua fala, o profissional destacou os principais potenciais e oportunidades do setor de saneamento ambiental.

“É fundamental olhar para o saneamento de forma integrada, de modo que seja possível identificar a realidade, as diferenças regionais e as capacidades disponíveis no setor”, pontuou.

Entre os pontos levantados por Menezes, o destaque fica para a redução do tamanho das Companhias Estaduais de Saneamento (CESB) atrelado a um maior investimento da iniciativa privada. Segundo ele, as CESB não possuem infraestrutura para atender todos os municípios. “Elas precisam se reinventar para atuar no mercado junto com os operadores privados”, disse Menezes.

Além disso, ele também citou os litígios políticos e jurídicos, o fortalecimento da regulação e dos decretos e uma maior participação das cidades como concedentes. Já em relação às oportunidades, o Diretor da ABES reforçou a existência de um planejamento nacional de investimentos e de um déficit no esgotamento sanitário e no modelo de gestão das CESB.

Após a fala de Menezes, foi a vez do Sócio-diretor da GO Associados e coordenador do Grupo de Economia da Infraestrutura & Soluções Ambientais da Fundação Getúlio Vargas, Gesner Oliveira, falar sobre o futuro do saneamento, a partir da implantação do Marco Legal. “Devido ao grande período de negligência enfrentado pelo setor, o Brasil precisa mais do que dobrar os seus investimentos”, destacou.

O especialista ressaltou que a aprovação do Novo Marco do Saneamento já gerou avanços para o segmento. “A nova legislação possui fortes incentivos para estabelecer uma padronização e regulação do país. Afinal, o Brasil possui inúmeras agências, sendo que cada uma possui suas regras, que nem sempre são harmônicas”.

Outro ponto levantado por Oliveira foi a possibilidade de garantir competição no mercado por meio da extinção de contratos de programas, a entrada de novas concessões e a formação de blocos regionais. “O setor público não tem recursos suficientes para fazer os investimentos necessários em um prazo aceitável”, disse. Nesse sentido, o Marco assegurou também a elaboração de contratos precisos e com metas claras.

As novas tecnologias para o saneamento

O segundo bloco de apresentações do Fórum teve início com a palestra do CEO da Suez Brasil, Federico Lagreca. O tema abordado por ele foi a introdução de novas tecnologias aplicadas à gestão de perdas de água.

De acordo com o profissional, as perdas de água no Brasil podem chegar, em média, a 40%. “Elas acontecem basicamente de duas maneiras: as perdas aparentes e as perdas reais. A primeira está ligada à baixa efetividade de medição, enquanto a segunda ocorre pela falta de setorização adequada, gestão de pressões inexistentes ou ausência de pesquisas de vazamentos”, explicou.

Lagreca ressaltou que uma cidade de médio porte com produção de 380 mil m³/dia de água potável, ao ter 25% de perda, gera um prejuízo em torno de US$ 13 milhões/ano. Nesse sentido, para que o monitoramento seja eficiente e as perdas sejam reduzidas, é preciso melhorar os sistemas de infraestrutura crítica.

A partir de uma melhora nessa infraestrutura, o especialista indica a possibilidade de adotar uma abordagem integrada para a gestão de redes, a qual é potencializada com o incremento de diversas ferramentas tecnológicas.

Em seguida, foi a vez do Gerente de Projetos da Aegea, Wagner Carvalho, falar sobre o programa de implantação do BIM (Modelagem de Informação da Construção) no ciclo de vida dos ativos. Em projetos de saneamento, o BIM possibilita, por exemplo, a captura de realidade, por meio do uso de drones, a modelagem de interferências e o detalhamento da rede coletora de esgoto.

“Trata-se de um conjunto de processos, suportados por tecnologia, que agrega valor, por intermédio da criação, administração e compartilhamento de ativos durante o seu ciclo de vida”, definiu Carvalho.

A última apresentação do 7º Fórum de Infraestrutura Grandes Construções foi conduzida pelo Engenheiro da Herrenknecht, Edson Peev. O profissional apresentou o funcionamento da construção de sistemas de esgoto pelo método não destrutivo

Diante das necessidades de investimento para alavancar o setor do saneamento, a principal mensagem passada durante o evento foi a de que\ aproveitar as oportunidades proporcionadas pelo Novo Marco Legal e usufruir de novas tecnologias é fundamental.

A Itubombas, patrocinadora ouro do Fórum, se destaca nessa frente por oferecer soluções em bombeamento ideais para concessionárias de água e esgoto. Conheça os produtos e serviços da companhia para atender ao segmento, clicando aqui.